O Colecionador de Chuvas
O cair da chuva pode ser recebido de uma forma particular por cada pessoa. Chuva pode ter sinônimo de abundância, de frescor, de agitação, de inquietação, de passagem ou de renovação. A chuva te faz colecionador daquilo que te transformas ao receber as gotas vindas do céu. André Neves em sua obra "O Colecionador de Chuvas" especialmente publicado pela Editora Paulinas, nos presenteou com uma obra cheia de poesia e imagens graciosas sobre um menino que pela chuva esperava e com amor a colecionava.
Celino colecionava chuvas e para isso já tinha separado vários frascos de diversos tipos.
Chuviscos, torós, garoas, chuvas ciclônicas e até chuvas de goteiras ele colecionava. Dona Oscarina, Seu Lindoso, Ernestina, Aristênio e as gêmeas Geraldina e Genoveva esperavam, cada um à sua maneira, a chuva que Celino aguardava com a sua habilidade de imaginar.
Diante da chuva caindo, o bom mesmo é partilhar o momento com todos que tornam ele ainda mais especial.
Celino queria que chovesse para sempre...será possível? Uma coisa é certa, na Rua do Sol sem Chuva ninguém mais ficou triste.
Colecionando chuvas por aqui. Apanhando lembranças, juntando sonhos em gotas que ora caem fortes, ora caem suaves. Pedindo para reviver cada memória vivida com o rosto molhado da chuva vinda. Entendendo que a chuva vem para fazer sorrir e fazer florir. A leitura do livro deixou-me embebida dos sonhos que a literatura nos transmite desde o texto às imagens que nas mãos do autor transformam-se facilmente em sonhos reais. Quem estiver com esse livro nas mãos nunca mais receberá a chuva da mesma forma.