Na Rua do Sabão
Publicado em 1924, em versos completamente livres, Manuel Bandeira em seu poema infantil "Na Rua do Sabão" reacende a alegria das crianças do tempo em que os balões eram soltos em grandes clarões pelo céu. Publicado pela Global Editora e lindamente ilustrado por Odilon Morais a leitura também busca aproximar as crianças da tão famosa canção popular "cai cai balão".
Na Rua do Sabão a meninada corre solta. Um balãozinho de papel feito pelo filho da lavadeira agora sobe na escuridão do céu.
A molecada com atiradeiras, assobios, pedradas e aos gritos de "cai, cai balão!" pareciam ter maldade para ver o balão cair.
Mas ele só subia. Subia e subia.
O balãozinho não caiu na Rua do Sabão. Mas caiu em outro lugar imenso de tão grande.
Após apreciar a leitura desse poema é impossível escutar a cantiga com o mesmo sentimento. É possível sentir através do texto e das imagens a emoção e a euforia das crianças que moram na Rua do Sabão. Nos faz relembrar o quanto é gostoso aquele corre corre das brincadeiras ao ar livre e mesmo que a prática de soltar balões esteja proibida e, por uma boa causa, a experiência ainda se assemelha com diversas outras brincadeiras que chamam as crianças para fora de casa como soltar pipa, brincar de esconde esconde ou de barra bandeira.